ATA DA OITAVA REUNIÃO
ORDINÁRIA DA PRIMEIRA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM
24-01-2013.
Aos vinte e quatro dias do
mês de janeiro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda
chamada, respondida pelos vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Clàudio
Janta, Dr. Thiago, Jussara Cony, Mario Fraga, Paulinho Motorista e Paulo Brum,
titulares, e Delegado Cleiton e João Derly, não titulares. Constatada a
existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Reunião, compareceram as vereadoras Fernanda Melchionna e Lourdes
Sprenger e o vereador Professor Garcia, titulares. Do EXPEDIENTE, constaram:
Ofício s/nº, da senhora Raquel Leão de Freitas, Oficial Legislativa da Câmara
Municipal de Pantano Grande – RS –; Ofício nº 001/13, do vereador Moisés
Pertile, Presidente da Câmara Municipal de Veranópolis – RS. Em COMUNICAÇÕES,
pronunciaram-se os vereadores Mario Fraga, Fernanda Melchionna, Clàudio Janta,
Alberto Kopittke, João Derly, Dr. Thiago e Paulinho Motorista. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Alberto Kopittke e Clàudio Janta.
Durante a Sessão, foi registrada a presença, neste Plenário, da ex-vereadora
Maria Celeste. Às dez horas e quarenta e oito minutos, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Reunião
Ordinária da próxima quarta-feira,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e
Mario Fraga e secretariados pelo vereador Paulinho Motorista. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pela
senhora 1ª Secretária e pelo senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Chamo o primeiro Vereador inscrito em
Comunicações, Ver. Paulo Brum. (Pausa.)
Destaco a
nossa participação no Fórum Social Mundial: Os Legislativos Municipais e sua
Articulação Política por Cidades Sustentáveis. O processo para aí nos inserir
foi protagonizado pelo Ver. Clàudio Janta e, principalmente, pela Ver.ª Jussara
Cony. O tema vai ser Cidades Sustentáveis; será dia 28, às 14h. Teremos como
convidados o Oded Grajew, pelo Fórum de São Paulo; a Samyra Crespo,do
Ministério do Meio Ambiente; o Gilson Conzatti, da União dos Vereadores do
Brasil; o Ver. Antonio Inácio Bacarin, da União dos Vereadores do Rio Grande do
Sul; o Diretor-Geral brasileiro, Jorge Miguel, e o Diretor de Coordenação do
Meio Ambiente, Nelton Miguel Friederich, da Itaipu Binacional. A coordenação da
Mesa será desta Câmara de Vereadores.
Teremos também o Fórum Social do Trabalho, que vai
ser coordenado pelo Ver. Clàudio Janta, na Assembleia Legislativa, no dia 29,
às 9h. Então, no dia 28 é pela manhã, às 14h, e no dia 29 é à tarde, às 9h.
Convidamos todos os telespectadores para efetivamente se fazerem presentes.
O Ver.
Mario Fraga está com a palavra em Comunicações.
O SR. MARIO
FRAGA: Presidente, Dr. Thiago; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, público na
galeria, público que nos assiste pela TV Câmara, eu gostaria de falar sobre um
assunto que diz respeito a todos nós, Vereadores – Ver. Kopittke, Ver. Clàudio
Janta, Ver. Paulinho Motorista –, mas, neste caso especial, diz respeito à
nossa Região. Trata-se, Ver. Dr. Thiago, de um assunto que a gente já tratou no
ano passado; inclusive, já tivemos uma reunião sobre isso no Posto de Saúde de
Belém Novo. O Ver. Paulinho não estava, mas, de agora em diante, começa a
participar com certeza das nossas atividades. Ver. Paulinho, a Unidade Básica
de Saúde de Belém Novo esteve para ser fechada, e houve uma mobilização aqui,
na Câmara de Vereadores, de quase todos os Vereadores que trabalham no
Extremo-Sul, e ontem, saiu uma notícia em um jornal de grande circulação aqui
da Capital de que as Unidades Básicas de Saúde estão para ser fechadas
novamente; mas menos mal que o nosso Secretário Municipal da Saúde está
chamando para uma reunião.
Então, este é o meu pedido, Dr. Thiago: que V.
Exa., como Presidente da Casa, saiba onde vai ser a reunião e passe para todos
os Vereadores, porque eu tenho certeza de que, nas Unidades Básicas de Saúde de
toda a Cidade, todos os Vereadores têm interesse. Eu, em especial, gostaria de tratar
da nossa, que, casualmente, é na rua em que moro, que é a Unidade de Saúde de
Belém Novo, na Rua Florêncio Farias.
Então,
é um pedido ao Presidente da Casa: que se informe junto à Secretaria da Saúde
sobre onde vai ser essa reunião, para que nós, Vereadores interessados,
possamos ir e, porque, com certeza, o Presidente da COSMAM também estará
presente, pois é um chamado para todas as Unidades Básicas de Saúde da cidade
de Porto Alegre.
Então é um tema, Dr. Thiago, premente para nós, em
especial para nós do Belém Novo, de que a gente quer saber, e tenho certeza de
que, casualmente nós três que estamos aqui, queremos participar ativamente
dessa reunião para saber o que acontecerá com o Posto de Saúde Belém Novo. O
certo, Ver. Paulinho, o certo, Ver. Dr. Thiago, é que nós não queremos que
feche o posto de saúde. Sobre isso eu nem preciso falar com Vossas Excelências,
porque eu sei o quanto é necessário aquele posto lá em Belém Novo, mesmo, Ver.
Clàudio Janta, – que é nosso Líder hoje – que ele feche na sexta-feira às 18h e
que funcione de segunda-feira até sexta-feira, mas ele é supernecessário. Não
queremos nem pensar, Ver. Paulinho Motorista, que se feche aquele Posto de
Saúde do Belém Novo; muito pelo contrário. Desde a minha primeira manifestação
aqui eu tenho falado que eu quero que aquele posto pelo menos funcione nos
meses de junho, julho e agosto, em turno integral, de segunda a segunda, e num
turno até a meia-noite, pelo menos. Eu sei que é difícil fazer 24 horas, mas
esse pedido eu tenho feito ao Fortunati antes de ele assumir no dia 1º de
janeiro, que ele tenha um cuidado especial com o nosso posto de saúde lá em
Belém Novo, que funciona apenas, Ver. Janta, de segunda à sexta, das 8h às 6h
da tarde; sábado e domingo, as pessoas que necessitam de Belém têm que ir para
a Restinga, e, quem necessita, infelizmente, não tendo o carro, tem que pegar
dois ônibus. Vai ter o terceiro turno, de que o Dr. Thiago tem falado bastante,
mas eu tenho batido que seja em junho, julho e agosto, um plus naquele Posto.
Eu tenho criticado aqui o Governo Federal e o
Governo do PT, Ver. Kopittke, V. Exa. tem visto, mas quero cumprimentar o
pronunciamento da Presidente Dilma feito ontem à noite com relação a essa
medida que vem ajudar a todos os brasileiros, não só a quem precisa. Na minha
conta vai fazer diferença! Se houver o desconto de 18%, eu pago quase R$
200,00, acho que para mim é importante. Mesmo que pareça que o Vereador não
está precisando, todos nós precisamos, e, se está descontando, é porque a
energia estava cara. Apesar de todas as críticas que tenho feito ao Partido dos
Trabalhadores, hoje venho aqui também dar os parabéns à Presidente Dilma: meus
parabéns, Dilma!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Vamos identificar essa informação, Ver. Mario, e o
Secretário vem até aqui ou, em comitiva, vamos até a Secretaria para
esclarecer, sem dúvida. O Posto de Belém realmente precisa ampliar o
atendimento médico, Ver. Mario Fraga; já atende em terceiro turno, das 18h às
22h, mas precisa ampliar o atendimento médico.
(Aparte antirregimental do Ver. Mario
Fraga.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Exatamente. Vamos providenciar isso.
A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
em Comunicações.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, no inicio desta semana, no Estado de
São Paulo, foi implantada a internação involuntária ou internação compulsória
para os casos de viciados em crack,
uma droga muito pesada, que de fato vicia rapidamente e corrói amplos setores
da nossa sociedade, sobretudo o povo mais pobre. Entretendo, a sociedade, os
conselhos e as representações têm feito uma série de ponderações que nos
parecem muito importantes. Primeiro, temos a extrema dificuldade, Ver. Alberto,
no tratamento desse tipo de vício, em função da falta de leitos e da falta de
profissionais na área da Saúde. Há a necessidade de avançar com os Centros de
Atendimento Psicossocial em álcool e drogas, que trabalham de uma maneira
multidisciplinar, com a assistência social, com a psicologia, com a medicina,
com todas as áreas da Saúde para entender o vício em uma droga tão complexa e
cruel. Segundo, todos os especialistas falam que, para a recuperação, é
fundamental a vontade; um dos principais elementos para conseguir a ressocialização
e a cura do vício é justamente a vontade do usuário, do viciado, em querer
buscar o tratamento de saúde, algo que muitas vezes não consegue. Nós, aqui na
Câmara, muitas vezes recebemos mães e famílias buscando, junto com filhos com
esse problema, um leito público, Ver. Clàudio Janta, e não conseguem na rede
pública de assistência.
Então, nós estamos diante de uma situação muito
complicada, que absolutamente nos preocupa, ainda mais vinda do Governo do
Estado de São Paulo, que, no ano passado, empreendeu uma operação militar,
ocupando a “cracklândia”, perto do Espaço da Luz – lugar que ficou conhecido
como de conglomeração de pessoas viciadas. Fez isso não para resolver o
problema de centenas de pessoas já à margem da sociedade, já brutalizadas, distanciadas
das famílias e do convício social por conta de um vício tão cruel, mas para
tirar dos olhos da sociedade, buscando higienizar o espaço público, e como
ultima preocupação estava o usuário. Não funcionou, logo os usuários voltaram
para aquele espaço cunhado como a “cracklândia”. Esta soma de intervenções e
visões extremamente desumanizadoras e colocando o problema da pessoa e do vício
em último lugar nos leva a pensar que talvez a política de internação
compulsória seja a reprodução do que foram os manicômios na sua época, quando
as pessoas eram tiradas do convívio social, dos olhos da boa gente, diante
daquilo que era inaceitável para a sociedade, não com a preocupação na
recuperação. No caso dos manicômios, foi mais grave ainda, porque as pessoas
que não se adequavam – entre aspas – à moralidade e aos tabus da época eram
internadas compulsoriamente. Parece-nos que essa intervenção mais uma vez é uma
intervenção higienista, que busca tapar o sol com a peneira num grave problema
social. A coerção, a repressão, o ataque às liberdades individuais nunca resolveram problemas complexos, e certamente não é
dessa forma que vão resolver um problema extremamente complexo como é o vício
no crack.
Então, diante dessa
situação, nós precisamos falar, discutir, e não deixar que passe em brancas
nuvens uma questão que se coloca no Estado de São Paulo, mas que se discute em
todo o País. O Conselho Regional de Psicologia já lançou nota, os setores da
Igreja já fizeram uma manifestação sobre a liberdade, o direito de escolha do
indivíduo; psiquiatras que lidam com o tema já disseram que, em casos de
insanidade, Ver. Clàudio Janta, já é permitida a intervenção involuntária com
um aval judicial, ou seja, com um processo que comprove de fato essa
insanidade, e não com um ligeirão em que a primeira intervenção do Estado é a
repressão, é a coerção. É uma forma desumana de se tratar um problema tão grave
que tem que ser resolvido com políticas públicas, com melhoria dos atendimentos
na área da Saúde, com o avanço da assistência social, com a melhoria dos
centros de atendimento por uso de álcool e drogas e, certamente, com políticas
públicas de cultura, de educação e de esporte que cheguem aos nossos jovens
antes do cruel, brutal e violento crack.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado,
Ver.ª Fernanda. O Ver. Alberto Kopittke, espero estar correta a pronúncia, está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Presidente Thiago, na
região de Campo Bom, de onde vem a minha família, a pronúncia usual é
“copítiqui”, mas, aqui em Porto Alegre, fica um pouco difícil, e então eu
adotei o “copitiqui”, que fica um pouco mais simples, mas qualquer pronúncia
para mim é válida, não é tão importante.
Mas eu pedi este
Tempo de Liderança por dois motivos, em razão das falas anteriores. O Ver.
Mario Fraga trouxe aqui um tema muito importante que foi o pronunciamento
feito, ontem à noite, pela nossa Presidente Dilma Roussef, que, de forma firme,
mais uma vez, teve a capacidade de implantar um tema que era aguardado pelo
povo brasileiro, sendo que ela enfrentou, de forma corajosa, as empresas
concessionárias da área de energia. Inclusive, muitas delas, no Estado de São Paulo,
não por acaso, Ver.ª Fernanda, e em Minas Gerais, se colocaram contra a redução
da tarifa de energia elétrica anunciada pela Presidente e que entrou em vigor
no dia de hoje. E a imprensa brasileira, em janeiro, talvez pela falta de
pautas, quando as termoelétricas entraram em funcionamento, propagou que o
Brasil viveria um novo apagão e que a Presidente não conseguiria fazer a
redução da tarifa de energia.
Aqueles que vêm dizendo que o Brasil não vai dar
certo, que vêm torcendo contra o Brasil nesses últimos dez anos mais uma vez
erraram e, mais uma vez, vão ter que explicar para a população por que
espalharam medo e mentiras. E o que a Presidente Dilma está fazendo nada mais é
do que corrigir um modelo de privatizações que foi feito, que esvaziou a
capacidade de o Estado brasileiro efetivamente regular as empresas concessionárias
de todas as áreas de energia ou, por exemplo, de telecomunicações, onde todos
nós, no cotidiano, sofremos com um dos piores e mais caros sistemas de
telefonia celular do mundo. Isso foi fruto de um determinado modelo que se fez
em que não levava em conta o interesse do cidadão, o preço e a qualidade do
serviço que o cidadão pagava, sendo mais considerado o interesse das grandes
companhias que compraram, naquela época do Governo Fernando Henrique, o sistema
de energia e o sistema de telefonia.
Mas, ontem, a Presidenta, de maneira firme, mais
uma vez, assim como já tinha feito com relação à questão dos juros – e diziam
que era impossível reduzir os juros sem que se aumentasse a inflação no Brasil
–, enfrentou o sistema financeiro do País com responsabilidade, com firmeza e
conseguiu reduzir para o menor patamar da história os juros no nosso País. E,
ontem, finalmente, “pela primeira vez na história deste País”, como gostava de
dizer o Presidente Lula, anunciou que conseguiu fazer a redução das tarifas de
energia elétrica, o que será um grande estímulo, neste ano, para o crescimento
do nosso País, para a geração de emprego em toda a cadeia produtiva do nosso
País, Ver. Janta, para aumentar os investimentos do setor produtivo e para a
família de cada um e de cada uma e, principalmente, é óbvio, para aquelas
famílias de baixa renda.
É uma grande vitória do nosso Brasil, deste novo
Brasil que trabalha, em primeiro lugar, com os interesses do povo, e não com os
interesses das grandes corporações que, até antes desses 10 anos, coordenavam e
ditavam as regras neste País. Cada vez que se falava que se iria reduzir uma
tarifa, diziam que o Brasil iria quebrar, que o risco-Brasil era muito grande,
que as empresas internacionais não viriam mais para cá. Hoje, aqueles que
diziam isso é que estão quebrados, e o Brasil é que segue crescendo e
distribuindo renda de maneira sólida e permanente nesses 10 anos. Minha
saudação à Presidente Dilma e a essa grande conquista de todos nós.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Comunicações.
Peço ao Ver. Mario Fraga que assuma a presidência
dos trabalhos.
(O Ver. Mario Fraga assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Bom-dia, Sr. Presidente, Ver. Mario Fraga; nosso Secretário, Ver.
Paulinho Motorista, espectadores da TV Câmara. Eu acho que a nossa Cidade e
nós, Vereadores, não podemos permitir, em hipótese nenhuma, que um posto de
saúde e, principalmente, nenhuma UBS em Porto Alegre seja fechada; eu acho que
Unidade Básica de Saúde... Na comunidade onde eu moro, no Morro Santana, no
final do ano, foi tentado o fechamento da UBS do bairro e a da Bom Jesus, mas a
comunidade se mobilizou, e as duas Unidades Básicas vão permanecer abertas. Eu
acho que a Saúde da Família vem para ser agregada às UBSs. O plano do Governo
Federal, Ver. Alberto Kopittke, é agregar o Programa Saúde da Família às UBSs.
Em nenhum momento o plano do Governo Federal fala em extinguir as UBSs; em
nenhum momento o plano de Unidade de Saúde da família fala em acabar com a UBS
para adotar a Unidade de Saúde da família. Pelo contrário, ela vem para
complementar isso. Acho que é importantíssimo que
esta Casa agende o mais rápido possível uma reunião com o Secretário da Saúde.
Até porque, estivemos, nesta semana, na unidade da Vila Cruzeiro – o Ver.
Paulinho estava junto –, onde nos foi apresentado pelo Secretário Adjunto da
Saúde um projeto – e estranhamos quando o senhor fala em fechar a UBS do
Extremo-Sul – que diz que, além de ser aberta a UPA da Zona Sul – e eu lhe
falei ontem desta tribuna, ainda, dos Hospitais da Vila Nova, da Restinga, de
Belém – que seriam ampliadas as UBSs naquela Região. Foram solicitadas a nós
duas áreas para abrir a UBS da Medianeira e a UBS da Vila dos Comerciários,
então, há uma política desconectada na própria Secretaria da Saúde, pois,
primeiro, o Secretário Adjunto e os Coordenadores da Saúde pediram a esta
Câmara de Vereadores, aos Vereadores desta Casa, à Ver.ª Lourdes, ao Dr.
Thiago, a mim, ao Paulinho, que os ajudassem a achar áreas na Medianeira, na
Vila dos Comerciários, para abrir duas UBSs, e, depois, disseram que vão fechar
a UBS. É uma contradição! Acho que esta Casa tem que pedir uma reunião com a
Secretaria da Saúde, pois, ao contrário, temos que ampliar as UBSs, temos que
ampliar o horário de atendimento das UBSs, dos postos de saúde em Porto Alegre,
fazendo com que as unidades básicas principalmente, funcionem 24 horas.
Nas visitas que esta
Casa, através da Presidência, tem feito aos hospitais, às UPAs, e às unidades
de saúde, os profissionais da área, médicos, enfermeiras e plantonistas, têm
dito que os postos de saúde, funcionando 24 horas, funcionando em horários
adequados, vão esvaziar as emergências; seria muito mais fácil se os postos estivessem
abertos, pois, com essa medida, as pessoas terão mais acesso às emergências que
hoje encontram-se superlotadas.
Quero me juntar ao
Kopittke, ao Mario Fraga, ao Paulinho, e a todos os Vereadores que aqui
enalteceram a medida que a Presidente Dilma Rousseff anunciou à Nação ontem. Mais uma
medida corajosa de um Governo – o Governo Dilma, que vem reduzindo os impostos,
que vem enfrentando os gargalos de uma política que vem arrochando o povo
brasileiro, que vem de uma cartilha já derrotada, sucateada, do Fundo Monetário
Internacional, que é de arrocho, de exceção, de favorecer o sistema financeiro
internacional, de favorecer o Fundo Monetário Internacional, principalmente o
sistema financeiro –, que, ontem, anunciou a redução do valor da energia elétrica...
O SR.
PRESIDENTE (Mario Fraga): O Ver. Clàudio Janta
prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ... que, ontem, fez uma coisa, como disse o Ver. Mario Fraga, que
beneficiou nós todos, Vereadores, funcionários desta Casa, todas as pessoas que
consomem energia elétrica, possibilitando a geração de mais empregos,
possibilitando às pessoas de terem mais um bem. Este Governo baixou os juros. E
o movimento sindical vem dizendo há muito tempo que reduzir impostos, reduzir
juros, baixar os tributos vai gerar mais emprego e vai permitir que o Brasil
cresça e se desenvolva. No ano passado, o povo brasileiro arrecadou R$ 1
trilhão em tributos. Um trilhão saiu do bolso do trabalhador. Já falei, aqui
nesta tribuna, que a classe operária e as pessoas que produzem pagam o mesmo
preço do arroz, do feijão, do açúcar, do azeite que paga o Eike Batista. Nós
temos certeza de que a coragem e determinação da Presidente Dilma Rousseff
ainda vai permitir que ela faça, neste País, Ver. Mario Fraga, um imposto mais
justo ainda. Temos certeza de que o apoio da população à Presidente Dilma para
enfrentar o sistema financeiro, baixando os juros, João Derly... Os juros, no
Brasil, não são ideais ainda, mas a medida da Presidente tem ajudado muito. Os
impostos no Brasil, principalmente o imposto de renda, Ver. Alberto Kopittke, é
um imposto que vem pegando os trabalhadores. Hoje, quem ganha R$ 1.500,00 paga
os mesmos 27,5% de imposto de renda de quem ganha R$ 4.500,00, mas temos
certeza de que a Presidente Dilma, em breve, irá atacar isso também, irá atacar
essa forma desleal de onerar o trabalhador, de onerar as pessoas que ganham
pouco.
Ontem, o Brasil, os trabalhadores, as pessoas que
produzem para este Brasil crescer e se desenvolver tiveram um grande avanço,
tiveram um grande desenvolvimento, com a redução da taxa de luz, não só para as
pessoas, mas também para quem produz, para quem gera emprego.
Eu queria pedir ao Ver. Mario Fraga, que está
exercendo a presidência – eu não gostaria de fazer isso quando o Ver. Dr.
Thiago não estivesse presente –, aos Vereadores que estão nos seus gabinetes e
aos que estão aqui no plenário, que esta Casa tomasse providências urgentes,
pois eu, como dirigente sindical, nesses 24 dias que estou aqui dentro, não
posso mais assistir ao que estou assistindo aqui, qual seja, o desvio de função
que os funcionários desta Casa estão fazendo, seja limpando banheiro,
trabalhando de vigilante, de guarda, ou servindo cafezinho. Eu acho que isso
chegou ao seu limite, chegou ao seu extremo. O Ver. Dr. Thiago disse: “Ah,
Janta, nós estamos em processo de licitação”. Eu sou um operário da iniciativa
privada, trabalhei a minha vida inteira na iniciativa privada, seja na
indústria, seja no comércio, seja no serviço, e eu acho que isso nós temos que
resolver. Não pode mais haver esse desvio de função na Casa do Povo, não pode
mais funcionário estar sendo desviado para fazer coisas que não foram
contratados. Eu acho que a Mesa Diretora desta Casa tem que resolver isso para
ontem. Não pode mais o funcionário estar sendo desviado do seu serviço, do seu
contrato de trabalho, para fazer serviços que não foram contratados – eles
estão se dedicando, estão fazendo além do seu contrato de trabalho. Então, eu
acho que esta Casa tem que tomar providências, urgentemente, nesse caso de
desvio de função que está sendo feito com seus funcionários, para eu não ter
que exercer o meu cargo de dirigente sindical e depois ser mal compreendido
pelos colegas. Até me disseram que isso seria falta de decoro, mas espero que a
Casa tome essas providências urgentes, esta semana ainda.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Fraga): Meus parabéns, Ver. Clàudio Janta. Eu queria dizer
que eu já havia falado, assim como diversos Vereadores já haviam falado, com o
Presidente, e eu tenho quase certeza, não vou afirmar 100%, que, a partir de
segunda-feira, a nova empresa entra na Casa; já está escolhida, já foi assinado
o contrato, eu tenho acompanhado por causa dos funcionários também, e, a partir
de segunda-feira, teremos a nova empresa na Casa, com 46 funcionários
terceirizados.
Também quero dizer, Ver. Clàudio Janta, que o
Secretário Municipal da Saúde chamou para uma reunião – ele não decidiu nada, e
é nesta reunião, cujo assunto eu toquei na tribuna, que nós queremos participar
– para ver as Unidades Básicas de Saúde de toda a cidade de Porto Alegre.
O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Retorno à tribuna, Sr. Presidente, para trazer ao debate da Casa, aos
Vereadores da base do Governo um tema que vou voltar a tratar várias vezes
neste Parlamento, que é a estrutura da gestão da Segurança pública na nossa
Cidade. Não estou falando da gestão da Segurança pública da Prefeitura; estou
falando da gestão de todos os órgãos de Segurança pública que atuam na cidade
de Porto Alegre. É uma diferença pequena, mas, muitas vezes, ao confundir, não
conseguimos tratar como deveríamos da efetiva integração dos serviços de
segurança na nossa Cidade. Uma das ferramentas desse modelo de gestão é uma lei
complementar já aprovada nesta Casa que dispõe sobre o Conselho Municipal de
Justiça e Segurança – Conjus –, LC nº 656, de 2010, inclusive já assinada pelo
nosso Prefeito Fortunati. Todos sabemos que, no nosso País, muitas vezes o
problema não é a falta de leis, mas, sim, a falta de sua aplicação. E aqui nós
temos um grande instrumento de gestão da Segurança pública de um novo modelo de Segurança Pública na nossa Cidade. O Conselho traz exatamente a
ideia de uma integração entre a comunidade e os órgãos do Poder Público
Municipal, Estadual e Federal para que nós possamos discutir, de maneira
permanente, os problemas da Segurança Pública na nossa Cidade. E, infelizmente,
o Conselho não tem tido a atenção que deveria ter por parte da Prefeitura. E eu
venho aqui pedir aos Vereadores da base do Governo – que eu sei que têm
concordância com esse tema – para que nos unamos. Eu me comprometo a ir ao
Governo do Estado e ao Governo Federal, e, os senhores, junto com a Prefeitura,
para nós constituirmos e darmos força para o Conjus, que vem sendo esvaziado. É
um órgão que tem uma participação imensa através dos Fóruns Regionais de
Segurança, mas que não tem tido eco junto à Prefeitura. Os órgãos municipais
não têm participado e não tem acolhido as demandas que o Conjus vem propondo.
Inclusive na reunião de dezembro, o Conjus não pode nem entrar na sala que
tinha reservado para a reunião; estavam lá vários participantes, membros de
outros Poderes, para participar. Então, junto com o Conjus – que é o espaço de
construção da política municipal de segurança –, nós temos que reativar o
Gabinete de Gestão Integrada Municipal, o GGIM, que não é uma mera sopa de
letrinhas. Eu tive a oportunidade de constituir o GGIM na cidade de Canoas,
onde tive a experiência como Gestor, e lá já se realizaram 71 reuniões. Eu irei
fazer a abertura desse ano, semana que vem, na 72ª reunião. E não são reuniões
meramente formais, o GGIM é o espaço fundamental para que nós possamos traçar
estratégias comuns contra essa onda de violência que o nosso País, o nosso
Estado e a nossa Cidade vêm sofrendo. E esse é um tema que eu sempre vou tratar
de maneira suprapartidária, porque nós precisamos nos unir. E eu quero pedir
aqui, irei ao Secretário José Freitas, se não me falha a memória do seu nome, é
o novo Secretário Municipal, para me colocar à disposição dele, para que nós,
efetivamente, possamos constituir e dar força ao Conselho Municipal de
Segurança Pública e ao Gabinete de Gestão Integrada, que é o órgão técnico, o
órgão onde atuam as polícias e os órgãos de fiscalização, de maneira
permanente. Em Canoas, nós passamos a fazer essas reuniões de 15 em 15 dias,
tal a urgência dos temas. A cada reunião tem que ser tirado um plano de ação,
também indicadores e responsáveis. E o Conselho Municipal de Segurança vem
acompanhando essas ações e construindo uma política para a Cidade, não apenas a
política da Prefeitura, mas a política que todos os órgãos vão constituir.
Então, o
enfraquecimento do Conjus é o enfraquecimento da política de segurança na nossa
Cidade. Por isso, peço o apoio de todos e coloco-me à disposição para que
possamos unir forças com esse órgão que já tem mais de 10 anos e que recebeu
nova regulamentação, para que ele não seja apenas formal, uma letra morta na
Lei, ou havendo reuniões de líderes comunitários que acabam não sendo ouvidos
pelas instituições e pelos órgãos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): Obrigado,
Vereador.
Com certeza, todos os
Vereadores serão integrados a esse tema da Cidade.
O Ver. João Derly
está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOÃO DERLY: Bom-dia, Ver. Mario Fraga e demais colegas, venho hoje falar sobre um
assunto simples, mas muito importante que é a Educação. Aconteceu em Recife,
entre os dias 18 e 21 de janeiro – desculpem, mas eu estou acompanhando os
dados que anotei aqui, porque a minha memória, às vezes, é um pouco falha –, o
14º Coneb da UNE. É um encontro que reúne todos os diretórios acadêmicos do
País. E a principal bandeira da luta, aprovada pelos mais de 5 mil estudantes presentes
e de todo o movimento educacional, é pela aplicação de 10% do PIB na Educação.
Porque a Educação é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. A lógica de
ampliar as vagas sem ter o padrão mínimo de qualidade precisa ser rompida. Para
buscar uma qualidade na Educação, devemos garantir o financiamento. Hoje, são
aplicados 5% do PIB na Educação. Atingir o patamar de 10%, nos próximos anos, é
dar um salto bem significativo, mas é o dobro. Para isso, é preciso defender a
aprovação da MP 592, que prevê a destinação de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a
Educação, porque, assim como no esporte ou em qualquer outra área, sem
investimentos, não se tem resultados satisfatórios. Muito se fala em Educação,
mas agora é hora de garantir o investimento.
Quero declarar aqui, nesta Casa,
o meu apoio à luta dos estudantes e me somar a esta causa, Ver. Paulinho
Motorista, pois o País, que já é a sexta economia do mundo, não pode continuar
sendo o octogésimo oitavo no ranking
da UNESCO na Educação, uma proporção muito desigual. Então, gostaria de
convidar todos os colegas para se somarem a essa luta. Esse é o meu convite a
todos. Espero ter o apoio, assim como estou apoiando agora os estudantes e
todos os colegas aqui. Então, agradeço a oportunidade, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DR.
THIAGO: Obrigado, Ver. Mario Fraga, na presidência dos trabalhos. Eu trago aqui
uma problemática que realmente me deixa bastante preocupado, principalmente no
que se refere à questão do crack e à
questão da drogadição. Tivemos oportunidade de observar, in loco, esta semana, em visita ao PACS, que 90% – Ver. Janta, que
estava lá conosco – dos pacientes que acorrem às nossas emergências
psiquiátricas são dependentes químicos. E cerca de 40% a 50% desses dependentes
químicos – dependendo dos locais – são mulheres em idade fértil. Então, sobre
essa problemática que envolve o crack,
a drogadição, a dependência química e a gravidez indesejada, eu acho que esta
Casa terá de fazer uma profunda discussão nos próximos meses. Essa questão tem
crescido muito nesse período, tem avançado sobremaneira. Hoje nós observamos,
por exemplo, nas UTIs neonatais de Porto Alegre, uma grande dificuldade de
leitos, porque as crianças nascem viciadas. As gestantes usuárias de crack têm seus filhos, que nascem
viciados, e acabam por ficar nas UTIs neonatais cerca de 15 a 20 dias. Isso faz
com que haja uma sobrecarga no atendimento das UTIs neonatais. Sem falar das
sequelas, Ver. Kopittke, que vêm nesse processo do crack, sequelas físicas, mentais, que agora nós vemos, porque o crack é relativamente novo dentro desse
processo. À medida que essas crianças se desenvolvem com retardo e
desenvolvimento importante, nós começamos a ver todas as sequelas. Eu tenho
procurado recuperar uma Legislação que nós tivemos oportunidade, os Vereadores
da Legislatura anterior – a Ver.ª Maria Celeste nos visita; ela ajudou a
construir essa legislação referente ao Centro Integrado de Combate à Drogadição
nos moldes do Centro Integrado de Planejamento Familiar. Quero dizer, de
público, que a legislação desse Centro Integrado – e digo com propriedade – a
Ver.ª Maria Celeste ajudou a construir, porque ela, em determinado momento,
inclusive salvou esse projeto. Ao que visa esse projeto? Esse projeto visa a se
ter, num local único, prevenção, tratamento e ressocialização do problema da
drogadição, tendo como foco central a saúde – porque os dependentes químicos
são pessoas que têm problemas de saúde –, mas tendo interface com todas as
outras questões. Com a questão do trabalho, por exemplo, Ver. Janta, não
adianta o usuário fazer seu tratamento na clínica e depois não ter condições de
se sustentar, voltando a ser sustentado pelo traficante. Vislumbra a questão da
assistência social, e, sem dúvida nenhuma, Delegado Cleiton, entra a questão
policial e de investigação. Então, trata de forma global a questão da
drogadição. Nesse processo, talvez a questão mais aguda seja, hoje, o combate à
gravidez indesejada dessas mulheres que não querem engravidar. Então, dá a
possibilidade para as usuárias de crack
decidirem, de forma livre e consciente, quantos filhos vão ter. Eu acho que
essa reflexão esta Casa precisa fazer profundamente e apontar para o Executivo
municipal, estadual e nacional algumas possibilidades de sugestão.
Para encerrar, quero convidar todos a participarem,
segunda e terça-feira, do Fórum Social Mundial. Na segunda-feira, será o Fórum
Social Mundial dos Parlamentos, aqui na Câmara; terça-feira, será o Fórum
Social Mundial do Trabalho, no Teatro Dante Barone. Quero agradecer a todos
pela presença. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mario Fraga): Obrigado, Presidente. Quero saudar a Ver.ª Maria
Celeste, que foi Presidente desta Casa, Presidente da Comissão de Direitos
Humanos, minha colega. Seja sempre bem-vinda a esta Casa. Saúdo o nosso amigo
Osório, que está nas galerias e faz um belo trabalho social e espiritual nesta
Cidade, sem fins lucrativos.
O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra em
Comunicações.
O SR. PAULINHO MOTORISTA: Bom-dia a
todos colegas Vereadores; ao nosso Presidente da Mesa, Mario Fraga; ao nosso
Presidente da Casa, Dr. Thiago.
A nossa Presidente
Dilma está de parabéns pela baixa na conta da luz, porque, às vezes, muitos
deixam de se alimentar para pagar uma energia cara, porque, se não pagarem, a
sua luz será cortada, prejudicando toda a família.
Como sempre digo, não
se pode falar que um Partido é melhor do que o outro, porque são pessoas. Se
não puxarmos para um Partido, teremos êxito e ajudaremos a sociedade a melhorar
cada vez mais.
Quanto ao fechamento
das UBSs, como já disse o nosso Ver. Mario Fraga, que tem trabalhado fortemente
junto com o Dr. Thiago, nós, do Extremo-Sul, que moramos em Belém Novo, sempre
lutamos para que isso não acontecesse, e sempre lutaremos cada vez mais juntos,
porque um sozinho não constrói nada; temos que unir forças para que tenhamos
êxito e prosperidade nos nossos objetivos e projetos.
O crack também está destruindo famílias;
as crianças já nascem viciadas, conforme disse o Dr. Thiago. Essa droga veio
para destruir mesmo. As drogas antigas não eram tão fortes quanto o crack. Pessoas usavam certas
drogas, mas trabalhavam; às vezes sustentavam famílias, mas, quando veio o crack, as famílias começaram a se
destruir, porque o viciado, se não rouba do próximo, rouba dentro de casa; às
vezes, ele tem vontade de roubar de si próprio – falando claramente. Ele rouba
de si para poder manter o vício no dia a dia, já não trabalha mais; é uma vida
vegetativa para o viciado. E está difícil cortar essa epidemia que cada vez se
espalha mais. O traficante é preso numa esquina e na outra esquina abrem mais
dois pontos de tráfico, três, quatro, cada vez mais. Essa é uma situação muito
difícil, e temos que nos unir, porque não dá para deixar que isso se espalhe
mais pela sociedade.
Eu quero dizer que sempre que venho à tribuna eu
falo que esta equipe de Vereadores que entrou em 2013 tem trabalhado junto,
tenho notado que todos querem fazer o melhor possível, sempre respeitando o
próximo; os Partidos, os Vereadores de outros Partidos, se ajudando. Agradeço
ao pessoal da Casa que tem nos acolhido desde a entrada, a todos os
funcionários, sem exceção, com todo o respeito.
Continuaremos trabalhando fortemente, trazendo
assuntos para a tribuna desta Casa, sempre unidos com os demais Vereadores,
porque sozinho eu não consigo, mas se eu tiver o apoio dos meus colegas,
daremos à sociedade uma vida melhor. Um abraço a todos, muito obrigado.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mario Fraga): Não havendo mais inscritos, estão encerrados os trabalhos da presente reunião da Comissão
Representativa.
(Encerra-se a
reunião às 10h48min.)
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